Actualmente, a produção de alimento para os animais e de produtos de origem animal – portanto, a produção animal em geral – depende da biodiversidade enquanto, simultaneamente, interfere significativamente nesta. Na Europa, desde o Neolítico, a agricultura e a produção animal levaram, por um lado, ao declínio de muitas espécies selvagens e, por outro lado, ao aumento da diversidade de paisagens e espécies, pelo menos à escala local. Vastas áreas do continente Europeu estiveram anteriormente cobertas por florestas. A expansão da agricultura permitiu o desenvolvimento de novas características paisagísticas, levando ao desenvolvimento de planícies, pastagens, pomares e paisagens cultivadas (como os prados). Desde então, a conservação da biodiversidade e dos habitats está intimamente ligada aos agroecossistemas, particularmente desde o declínio de espécies como os herbívoros selvagens, que anteriormente se deslocavam em manadas e em grande número. Actualmente, cerca de 40% da superfície da Europa (EU-28) é utilizada para a agricultura, correspondendo a cerca de 176 milhões de hectares de terreno agrícola e pastagens (EC 2017). Consequentemente, estima-se que cerca de 50% das espécies europeias estão associadas a habitats agrícolas (EEA 2003).